"MAIOR É O QUE ESTÁ EM VÓS DO QUE O QUE ESTÁ NO MUNDO." (I JOÃO 4:4)

sexta-feira, outubro 09, 2009

Impersonalizando o erro - 02





O mal é impessoal

Todo mal é impessoal: não há pessoa em quem, sobre quem, ou através de quem ele possa operar. Seja uma alegação de tempo, de doença, ou de carência – seja qual for o nome ou a natureza do mal – o mal é impessoal. Não teve sua origem em mim, em você ou em qualquer pessoa, lugar, coisa ou condição. A raiz do mal é a mente carnal, ou a crença em dois poderes; e a crença de que existe poder na doença, no pecado, na carência, é o hipnotismo causador de toda a discórdia no mundo.

Ficaremos sem “mente carnal” à medida que conscientizarmos que, neste mundo todo, o bem e o mal não existem como entidades. Portanto, mesmo pensar ou dizer que tal pessoa, coisa ou condição sejam boas, significa permitir que a mente carnal nos controle. Há somente um Ser, uma Essência, um Poder, e este é Consciência – Deus. A Consciência não é boa nem má: Ela simplesmente É.

Para ser boa ou má, a Consciência teria que ter um oposto, e Ela teria que possuir graduações. Não há opostos em Deus; não há graduações em Deus: Deus é infinito; Deus é onipresente, onipotente, onisciente, o que impede que haja espaço para oposição, opostos, limitações ou finidade. Ao permitirmos que limitação e finidade operem em nossa consciência, estaremos trazendo a mente carnal à nossa experiência. A mente carnal não é sobrepujada através de lutas contra ela, mas através do reconhecimento de que ela se compõe de uma crença no bem e no mal.


Nós reconhecemos o bem e o mal na experiência humana

O que vimos não quer dizer que deixaremos de reconhecer o bem e o mal em nossa vivência cotidiana. Naturalmente, nós reconhecemos que uma condição de saúde é uma experiência melhor em nossa vida do que a de doença, e um dos frutos da vivência espiritual é um senso máximo de saúde que podemos estar agora desfrutando. Assim, enquanto é verdadeiro que humanamente aparentemos ser compelidos a reconhecer as limitações do bem e do mal, deveremos reconhecer que a Consciência não incorpora dentro de Si mesma quantidades ou qualidades de bem e mal, ou de limitação.

Ao nos envolvermos com a rotina das atividades diárias, internamente manteremos nossa percepção espiritual do Eu como consciência individual e o reconhecimento de que tudo que surgir em nossa experiência como pecado, doença, morte ou limitação é a mente carnal, o “braço de carne”, ou seja, nenhuma mente.

Não negaremos que haja maus motoristas, motoristas alcoolizados, descuidados ou incompetentes nas estradas. Enquanto o quadro humano for considerado, os trajetos estarão cheios de pessoas boas e más; mas, ao assim reconhecermos, assumiremos nossa postura espiritual: “Sim, esta é a aparência decorrente da crença no bem e no mal –mente carnal--, mas ela não é poder: não é ordenada ou mantida por Deus. Simplesmente é o “braço de carne”.

Através de nossa experiência humana, não poderemos evitar de tomar conhecimento de pecado, doença e pobreza no mundo, condições que no mundo estarão enquanto existir uma raça humana que não tenha se emancipado. Enquanto perdurar um mundo fundamentado na crença no bem e no mal, estes quadros estarão aqui para serem vistos: doença por toda parte, morte, insanidade, e todas as demais coisas componentes da mente carnal. O que irá determinar a harmonia de nossa experiência é a nossa reação a estes quadros, não por escondermos nossas cabeças na areia, afirmando ou declarando que eles não existem, mas por fazermos o reconhecimento: “Sim, eles são o braço de carne”. Têm poder temporal. Eles são poder para um mundo que crê no bem e no mal, mas não são poder para mim. Eu sei que existe somente um Poder”.

No início de nossa jornada espiritual, meramente saímos de um conceito mortal de mal para um conceito melhorado de vida humana, com mais saúde, mais prosperidade ou felicidade. Contudo, não é este o nosso objetivo final de vida. Este objetivo final é a realização espiritual que, eventualmente, erradica a ambos os conceitos de vida humana: o bom e o mau.


A Onipotência do Eu

Ao testemunhar os males do mundo, se eles surgirem em sua vida ou na de seus familiares, vizinhos ou em sua nação, certifique-se de estar cobrindo os dois princípios maiores de O Caminho Infinito: primeiramente, abra a porta de sua consciência e admita o Eu; a seguir, faça o reconhecimento:


"Não se atemorize. Eu estou com você. Não tema com relação àquele que está lá fora: Eu sou Ele. Eu estou aqui, e Eu estou lá. Não tema: Eu, em seu âmago, sou poderoso. Eu sou vida eterna. Eu sou o Caminho. Apenas confie em Mim. Não tema perigo algum, pois não há poder algum externo a você. Eu, em seu âmago, sou poder infinito, o poder-total, o único poder.

Viva pela Graça, pois Eu sou o seu alimento, seu vinho, sua água. Eu posso dar-lhe a água que, ao ser bebida, fará com que jamais volte a ter sede. Eu tenho alimento que você não conhece. Eu sou a ressurreição. Eu sou o Caminho para a sua paz; Eu sou o Caminho para a sua abundância; Eu sou o Caminho para a sua segurança.

Eu sou a rocha. Eu sou a fortaleza. Eu sou a muralha. Habite em Mim, e permita-Me habitar em você, e mal algum o atingirá. Nenhuma arma apontada a você irá produzir qualquer efeito. Por quê? Porque elas todas são sombras; não são realidades; não são poder. Eu, em seu âmago, sou onipotência, o único poder. Estas flechas, estes dardos envenenados, estes germes, estas balas, estas bombas: são todos sombras. São crenças num poder apartado de Mim. São a crença universal em dois poderes. Acredite em Mim como Onipotência."

Você não estará na Mística até que tenha aberto a sua consciência e aceito a Verdade de que Eu, em seu âmago, sou Ele, este Cristo encarnado em você, e que a Anunciação significa o nascimento do Cristo em você. Mas, quando aceitar isto, não se esqueça de que o trabalho somente estará completo quando você associar a onipotência do Eu, que é o primeiro princípio de O Caminho Infinito, com o segundo, que é o “não-poder” de tudo aquilo que estiver aparecendo como o mundo do efeito.

Continua...

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