"MAIOR É O QUE ESTÁ EM VÓS DO QUE O QUE ESTÁ NO MUNDO." (I JOÃO 4:4)

quinta-feira, setembro 19, 2013

Pausa para comentário

- Núcleo -
 
 
Nesse ponto da mensagem de "A Vida Impessoal", cabe a seguinte reflexão:
 
Por que Mestres e doutrinas?
 
Na verdade, não há necessidade alguma de Mestres e doutrinas, mas as pessoas acreditam que há. Por isto existem os Mestres. As pessoas “acreditam”, porque acreditar é uma função da mente e elas estão constantemente ativando o modo de percepção mental, o que as torna inconscientes de que "acreditar em algo" não faz com que este algo se torne real, a não ser para a visão de quem acredita. Agindo assim, as pessoas vivem imersas em suas ilusões mentais. O real existe, contudo ele não pode ser percebido mentalmente. A visão do real está em nós, está dentro de nós –  está na Consciência!
 
Mas para que possamos acessá-la, temos que deixar de lado nossa visão mental, que é produto de nossos muitos condicionamentos e nos fazem viver segundo as ilusões criadas pela mente, de que ela sabe, de que ela conhece. É isto o que nos impossibilita assimilar a mensagem daquele que está “no reino de Deus”, ou seja, dentro de nós, o real Mestre. A mente quer sempre falar; quer contrapor à mensagem aquilo que acredita ser o real. E isto a impossibilita de ouvir.
 
O Mestre existe, mas nunca é uma pessoa, pois Deus é o único Mestre. Quando Deus, a Consciência do Ser, Se revela em um indivíduo, as pessoas associam tal indivíduo como sendo o mestre; não percebem que é o próprio Deus “aparecendo como”, manifestando-se como; não percebem que é a Consciência divina, onipresente em todos os seres, revelando-Se e evidenciando-Se naquele ser (pois aquele ser apenas escolheu ouvir o que a Consciência do Ser tem a dizer, em vez de escolher falar).
 
É o que Jesus revelou: “Porque eu não tenho falado por mim mesmo, mas o Pai, que me enviou, esse me tem prescrito o que dizer e o que anunciar.” E completou: “As coisas, pois, que eu falo, como o Pai mo tem dito, assim falo”. João 12 49,50.
 
Jesus sempre deixou claro que o verdadeiro mestre é Deus. Em Mateus 23:8-10, há o registro de Jesus censurando os fariseus e os escribas, dizendo: “Vós porém, não sereis chamados mestres, porque um só é vosso Mestre, e vós todos sois irmãos”; e acrescenta: “Nem sereis chamados guias, porque um só é vosso guia, o Cristo.” Quando alguém julgou a Jesus como sendo bom, chamando-o de “bom mestre”, ele respondeu: “Porque me chamas bom? Ninguém é bom senão um, que é Deus.” Mc 10.18.
 
A mensagem divina não pertence a mestre humano algum, pois ela pertence à Deus. Contudo, os personagens, através dos quais a mensagem divina é espalhada para o mundo, ora são enaltecidos e ora são depreciados. Por isso, no Núcleo é ensinado e enfatizado que de fato há um mestre, que este é único, mas que este mestre é Deus! E que, sendo Deus onipresente, todos os que quiserem ouvir a Sua a voz, a voz da Consciência, devem escolher calar em vez de falar.
 
“Calar a mente para ouvir a Consciência”. Esta é a fórmula que nos possibilita perceber Deus no nosso interior. A princípio, a percepção da divindade se revela em nós. Mas esta percepção sempre se expande, e então percebemos a divindade em tudo! Com esta percepção torna-se evidente “Quem faz”; percebemos claramente que é Deus Quem nos possibilita fazer tudo o que fazemos; que é através Dele que podemos ver, ouvir, degustar, tocar, cheirar, sentir, intuir, amar, apreciar a beleza da vida, etc. Deus está agindo em nós o tempo todo, e não nos conscientizamos desta atividade se permanecemos na percepção mental, pela qual nos vemos separados do Ser que está em nós por ser onipresente.
 
As pessoas vivem num universo formado por suas visões mentais, e assim se transformam em vítimas da ilusão de uma realidade fragmentada. Elas estão escolhendo dizer qual é a verdade, em vez de conhecê-la.
 
Porém, disse Jesus: “Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará.” A Verdade não é algo em que devemos apenas “acreditar”, ou seja, apreender mentalmente – porque ela não é um conceito, mas uma realidade, que precisa ser conhecida.
 
Atentem a esse detalhe, Jesus não disse: “Acreditem” na Verdade e a Verdade vos libertará, mas sim, “conheçam” a Verdade e a Verdade vos libertará. A Verdade é o que liberta porque é Deus, o próprio Ser a ser conhecido. Por esta razão Jesus disse: “Eu Sou a Verdade.” Esta é uma reveladora “afirmação consciencial” e, como tal, deve ser percebida “consciencialmente”; de outra forma ela não será devidamente assimilada. Em linguagem bíblica é dito que as coisas espirituais devem ser discernidas espiritualmente. Só assim podem evidenciar seu real significado.
 
Em suma, façam as reuniões do Núcleo, mas não dependam delas. Estudem sob a tutela de um mestre, mas não dependam da figura externa do mestre. O nome “Núcleo” não é casual, pelo contrário, tem um profundo significado.
 
Quando dizemos “vá ao Núcleo” este “ir ao núcleo” significa ir ao centro, estar no centro, estar voltado para o reino de Deus, que está em nosso interior. Estejam, pois, “no núcleo” nas reuniões, mas permaneçam no Núcleo onde quer que estiverem: em casa, no trabalho ou, simplesmente, passeando. Sejam livres, sejam divinos. A liberdade não está em ser membro de um grupo ou em pertencer a uma determinada religião, mas consiste em estar em constante comunhão com Deus, mantendo um constante diálogo interno com Deus e seguindo Suas orientações.
 
A mente é um instrumento divino e tem sua importância, mas não permita que ela se coloque na posição de “Senhor” de sua vida. Livre-se da tirania mental conhecendo a Verdade e estará vivendo em Deus! É simples fazer isto! Basta descartar preconceitos e pensamentos que te fizeram se sentir distante de Deus até hoje, e perceber que Deus é Amor, e que o Amor jamais te deixou e que não te deixará.
 
A paz seja com todos.
 
Para reflexão complementar acessem: http://nucleu.com/porque-o-nucleu/
 
 

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